Todo dia, à tarde,
quando eu passo,
vejo um velhinho de cabelos brancos,
descansando seu cansaço,
na tábua dura de um banco.
Tudo que ele precisa,
o mundo não sabe,
se alguem sabe,
não se importa.
Alguém que lhe dê carinho,
alguém que o conforte.
Eu queria tanto,
mas não consigo,
a pressa impede,
o tempo passa,
oferecer tudo isto,
ao velho mendigo,
sentado no banco da praça.
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segunda-feira, 23 de março de 2020
terça-feira, 18 de fevereiro de 2020
A declaração (crônica)
Há muito tempo ele desejava declarar seus sentimentos, queria
dizer o que sentia, tudo que estava guardado no seu coração. Entretanto, o
homem extrovertido e falante, às vezes brincalhão, totalmente desinibido,
ficava incrivelmente tímido e trêmulo quando estava em sua companhia, bastava
ouvir a sua voz e as palavras desapareciam, a garganta ficava seca e, além
disto, havia o medo de ouvir um sonoro não como resposta. E se estivesse
confundindo tudo, e se os sinais que achava estar recebendo da parte dela, não
significasse o que ele achava que realmente significava? Havia muitas
variáveis, muitos questionamentos, muita coisa a se colocar na balança, mas uma
coisa não mudava, ela estava no seu pensamento todo o tempo, deitava pensando
nela e acordava do mesmo jeito, era preciso fazer alguma coisa, tomar uma
atitude, caso não fizesse nada, poderia viver arrependido pelo resto da vida, e
isto definitivamente não era o seu desejo.
Uma certa manhã, acordou decidido, reuniu todas as forças,
respirou fundo e se aproximou do telefone, afinal, talvez assim fosse mais
fácil, sem vê-la na sua frente, sem sentir o cheiro do seu perfume,
possivelmente teria um pouco mais de coragem e declararia o seu amor.
Ele discou o número e torceu, torceu muito para que fosse ela
a pessoa a atender a ligação, e por mais incrível que possa parecer, enquanto a
ligação se completava, segundos que pareceram horas, foi exatamente o que
aconteceu, exatamente ela, atendeu ao telefone, Gaguejante, titubeante,
ofegante, ele a convidou para sair.
A resposta? Ele recebeu a resposta mais linda que alguém
terrivelmente apaixonado poderia receber, o que realmente queria ouvir, ela
disse sim, todos os seus temores estavam errados, não estava enganado, havia
interpretado corretamente os sinais, ela também o amava.
O caminho não teve apenas flores, teve espinhos, muitas
pedras e problemas a serem resolvidos.
Ninguém um dia irá dizer que não existe razão nas coisas
feitas pelo coração.
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020
Meu braço torto. (Crônica)
Meu braço esquerdo é torto, nada
que me atrapalhe em alguma coisa, aliás, nunca me atrapalhou, mas a verdade é
que nem sempre foi assim. Até a idade de doze anos, meu braço era normal e
perfeito. Entretanto, falar sobre o braço me serve apenas de pretexto para
chamar a atenção sobre algo muito mais sério e complicado, um problema sobre o
qual a raça humana está envolvida desde o jardim do Èden, a desobediência.
Adão e Eva desobedeceram a Deus,
e todos nós temos uma tendência terrível, apesar de muitas vezes negarmos, de
seguir o mesmo caminho, sempre achamos que desobedecer é melhor, o resultado
catastrófico dessa atitude esta registrado em todos os livros de historia e
principalmente na Bíblia.
Mas vamos retornar a minha
historia.
Morávamos na cidade de São Paulo,
em uma casa que ficava nos fundos de uma igreja. Não sei se todos sabem, mas os
paulistanos gostam de fazer casas cobertas com lajes de concreto e a nossa não
era diferente, como é do conhecimento de todos também, antigamente não tínhamos
brinquedos eletrônicos e celulares, então as nossas brincadeiras eram sempre ao
ar livre, esconde-esconde, pega-pega, bolinhas de gude, pião, futebol e pipa,
ou como é conhecido em outras regiões do Brasil, papagaio. Eu não apenas
gostava de soltar pipa, era fanático, por incrível que pareça, às vezes fazia
isto até mesmo a noite, mas havia algo ainda pior, adorava soltar pipa de cima
da casa, algo explicitamente proibido pela minha saudosa mãe.
Voltamos à desobediência.
Apesar da proibição e dos avisos
sobre o perigo de ficar brincando em cima da casa, sempre que minha mãe saía
para trabalhar, lá estava eu praticando o velho e nefasto pecado da
desobediência, durante um bom tempo não aconteceu absolutamente nada. Certo dia,
porém quando fui subir pelo muro, não percebi que havia um bloco solto, e o
tombo foi inevitável. Cai estatelado no chão e o bloco despencou por cima do
meu braço. A correria foi total, como meus pais estavam trabalhando, fui levado
por um vizinho até o hospital, pronto socorro lotado, gente por todos os lados,
um ortopedista para atender uma multidão.
Não culpo o médico, dentro das
condições em que trabalhava ele fez o que podia ser feito, mas até hoje quando
olho o meu braço torto lembro-me da minha desobediência.
Minha mãe me perdoou, mas fiquei
marcado pra toda vida.
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020
Velha Infancia (poesia)
Ainda me lembro daqueles tempos,
Quando eu era um garoto, uma criança,
Sentado ao pé da arvore, a sombra mansa,
em um mundo mágico de alegres pensamentos.
Minha vida parecia o sol na linda aurora,
Sem escuridão, ou nuvens negras pela frente,
Feito cortina que se abre de repente,
Sem o peso que a idade nos outorga.
O tempo não para um só instante,
Eu vivo a vida e corro mundo afora.
As vezes me sinto um gigante,
Mas tenho Saudades da Criança de outrora.
Quando eu era um garoto, uma criança,
Sentado ao pé da arvore, a sombra mansa,
em um mundo mágico de alegres pensamentos.
Minha vida parecia o sol na linda aurora,
Sem escuridão, ou nuvens negras pela frente,
Feito cortina que se abre de repente,
Sem o peso que a idade nos outorga.
O tempo não para um só instante,
Eu vivo a vida e corro mundo afora.
As vezes me sinto um gigante,
Mas tenho Saudades da Criança de outrora.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2017
Os bobos e os espertos. (Artigo)
Minha
mãe falava uma frase da qual eu jamais esqueci. “Se não fosse os
bobos, os espertos não sobreviveriam” Hoje quando vemos as pessoas
sendo enganadas pelos tele evangelistas de plantão oferecendo curas
miraculosas, prosperidade total e tantas outras coisas, perguntamos:
será que alguém acredita nessas coisas? Será que em pleno século
vinte e hum, ainda exista tamanha ingenuidade? A resposta é triste,
milhares acreditam, e doam dinheiro para esses picaretas da fé.
Entretanto
precisamos fazer outra pergunta: porque elas fazem esse tipo de
coisa? Porque caem em tão toscas armadilhas, se a bíblia está
disponível para todos, e basta fazer uma pequena pesquisa para
descobrir a falsidade das coisas prometidas pelos falsos pastores,
bispos e apóstolos televisivos.
A
resposta é muito simples, o homem sempre procura o caminho mais
fácil, aquele que parece mais atraente, observa a embalagem mas
esquece de verificar o conteúdo. O caminho oferecido por Jesus não
é uma trajetória atraente, porque passa necessariamente pela
negação de si mesmo, pela renuncia, e principalmente pela cruz(Lc
9.23), por isso a busca incessante por atalhos espirituais, campo
fértil para os mercadores de ilusões.
Os
falsos profetas oferecem para as pessoas aquilo que elas querem
ouvir, não aquilo que precisam ouvir. Podemos ver na palavra de Deus
uma história muito parecida. Quando o rei acabe estava se preparando
junto com o rei Josafá para sair em guerra contra os siros, ouviu
exatamente o que o seu coração almejava e não gostou ao receber da
parte do profeta Micaías uma profecia completamente diferente,
preferiu a mentira, saiu para a batalha e a derrota foi total (II Cr
18.1-34).
O
resultado que as pessoas recebem ao seguir esse tipo de liderança e
acreditar nesse tipo de mensagem, é a desilusão total, milhares
enganados caminhando apressadamente para o inferno.
Precisamos
urgentemente pregar o verdadeiro evangelho, como disse o apóstolo
(verdadeiro) Paulo, em tempo e fora de tempo (II Tm 4.2), essa é a
responsabilidades das denominações e dos lideres que procuram
ensinar a verdade.

sábado, 7 de janeiro de 2017
O ladrão na cruz.(artigo)
Quero
falar acerca de um homem sobre o qual a palavra de Deus não revela
quase nada, aliás, apenas o evangelho de Lucas relata de forma mais
abrangente este acontecimento, Marcos, Mateus e João não falam
quase nada, o que sabemos é que ele era um ladrão, um marginal,
vivia a margem da lei, não se encaixava nas normas da sociedade,
entretanto Jesus durante o seu ministério aqui na terra sempre teve
esse tipo de pessoa por perto, inclusive muitas vezes foi duramente
criticado por causa disso. Temos como exemplo, Zaqueu, o coletor de
impostos, figura tão odiada pelos Judeus, por causa de sua
desonestidade. Os leprosos, abandonados para morrerem sozinhos. A
mulher flagrada em pleno ato de adultério, e muitos outros casos.
Este
homem era um ladrão, ele mesmo admite que era um criminoso (Lc
23.41) ele sabe que não escolheu a estrada principal da vida, seguiu
por atalhos, escolheu viver perigosamente, e sabemos que nossas
escolhas definem o nosso futuro.
Mas
ali na cruz, no alto da colina, olhando a multidão a sua volta, ele
relembra toda a sua vida como um filme em flash back, a sua infância,
o pai, a mãe, os irmãos, as aulas na sinagoga, as viagens anuais
até Jerusalém, tudo que aprendeu com os rabinos, a história de seu
povo, Abraão, Isaque, Jacó, tudo está ali muito vivo em sua
memória.
A
pergunta que ele faz para si mesmo, é quando foi que as coisas
começaram a desandar, em que momento, lá traz, no passado, ele
começou seguir o que era errado, em que instante ele começou a sair
da estrada direita para seguir os atalhos, quem foi a pessoa que o
induziu a tomar as primeiras decisões erradas, de quem é a culpa,
porque não o impediram quando ainda havia a possibilidade de um
recomeço, porque, porque, porque. Ele tem um monte de perguntas
girando na sua cabeça.
Mas
ele sabe a resposta, ele é o único culpado pelos erros, sempre
houve a segunda opção, Deus muitas vezes lhe falou tal como falou a
Caim (Gn 4.6), mas ele sempre ignorou a voz do todo poderoso.
Agora
chegou o fim, restam poucas horas, ou talvez minutos, em breve a sua
vida vai acabar, ele sente a fraqueza tomar conta do seu corpo, não
adianta gritar, não adianta espernear, está em um beco sem saída,
sabe que vai morrer. Então ele para de olhar a multidão, e olha ao
seu lado, ali está Jesus, o galileu, o nazareno, aquele que curou
tantas pessoas, de tantas doenças, cegos, coxos, mudos, aleijados,
dizem que até ressuscitou os mortos, a sua fama corria por toda a
região, mas porque alguém tao conhecido por fazer o bem está sendo
crucificado, uma pergunta completamente sem respostas.
Entretanto
quando ele olha um pouco mais além, ele vê um velho companheiro de
crimes, na mesma situação, esperando a morte, pendurado em uma
cruz, enquanto ele pensa, o outro fala, resmunga, reclama, critica,
desafia Jesus, você não é o Cristo? Não fez tantos milagres?
Salve-se a si mesmo e a nós! Coitado, talvez a mente não esteja
mais funcionando direito, ou talvez a ficha não tenha caído, como
escapar de tal terrível situação? Como fugir? Não há
escapatória.
O
que mais o incomoda é o silêncio de Jesus, ele não reage, não se
defende, ofendido duramente não abre a sua boca, nada a dizer, nada
a declarar.
Quando
olha para cima, ele percebe o que está escrito na cruz de Jesus, “
rei dos Judeus” mas ele recorda de ouvir Jesus dizer que o reino
dele não era desse mundo.
Será
que ainda há uma saída? Talvez nesta vida não seja possível, mas
quem sabe na outra?
E se
Jesus for realmente o filho de Deus, e se ele for realmente o messias
prometido, aquele de quem os profetas tanto falaram? A ovelha muda
levada para o matadouro.
Agora
ele recorda o que aprendera na infância, e de repente a sua mente se
abre, tudo fica claro, tudo fica compreendido, ele está ao lado do
rei dos reis, do senhor dos senhores, do redentor tão esperado por
Israel.
Então
em um ato de resignação e fé, exclama: Jesus lembra te de mim
quando entrares no teu reino.
Mas
será que ainda há uma esperança? Será que depois de uma vida
inteira de pecado, ainda há alguma chance? Pode ele que tantas vezes
tapou os ouvidos para não ouvir a voz de Deus ainda ser perdoado?
A
resposta de jesus retira um peso imenso de suas costas e traz um
alívio imensurável.
Hoje
mesmo estarás comigo no paraíso.
quinta-feira, 6 de outubro de 2016
Dia das crianças - temos algo para comemorar? (Artigo)
O dia das crianças está chegando e as lojas renovam os seus
estoques de brinquedos, os grandes shoppings Centers fazem grandes promoções, o
comercio fica todo alvoroçado para lucrar com a data. Todavia além do apelo
comercial talvez não tenhamos muitos motivos de comemoração.
A evasão escolar continua altíssima (e todos sabemos que sem
educação não existe futuro), a violência doméstica, a pedofilia, as drogas e
tantas outras coisas assolam as nossas crianças.
A culpa é da sociedade que vive uma hipocrisia completamente
absurda, fala-se tanto em melhorar as condições das crianças, mas procuram
destruir de forma assustadora e sistemática o local onde os pequenos deveriam
encontrar a maior proteção e o melhor abrigo. Será possível salvar um
passarinho destruindo o seu ninho? É possível salvar um animal, seja ele de
qualquer espécie, destruindo a sua toca? Jamais teremos crianças saudáveis física
e emocionalmente se não cuidarmos das famílias.
Casais separados, segundo e até terceiro casamento, mães e
pais solteiros, parceiros e parceiras homossexuais criando filhos, tudo isso
gera crianças problemáticas que ao chegar à maioridade serão adultos também
cheios de problemas.
A Bíblia não é um livro de pedagogia, mas ela traz grandes orientações
para a criação de nossos filhos.
1 – Ensinar a criança o caminho que ela deve andar. (Pv 22.6)
2 – Criar com disciplina. (Pv 23.13)
3 – Acompanhar a criança. (Pv 29.15)
4 – Levar até Jesus. (Mc 10.14)
Não adianta retirar a Bíblia das escolas e depois incentivar
o seu uso nos presídios.
Dia das crianças, temos realmente alguma coisa para
comemorar?
segunda-feira, 22 de agosto de 2016
O cristão e a política.(artigo)
O
cristão e a politica.
A
cada dois anos o Brasil todo fica agitado com a realização das
eleições, as ruas ficam cheias de placas com propagandas de
candidatos, o horário politico começa na televisão e no rádio, e
a internet nos últimos tempos se tornou o palco de divulgação
também muito usado. Surge então ou ressurge uma velha pergunta:
Deve o cristão se envolver na politica?
Podemos
afirmar que existe basicamente três tipos de reação dos cristãos
quando o assunto é politica.
1 –
Cristão alienado – não se envolve e não sabe nada sobre
politica, não é capaz de dizer até mesmo em quem votou nas últimas
eleições, porque pegou o papel no chão quando estava a caminho da
seção eleitoral.
2 –
Cristão envolvido – faz campanha para determinado candidato, quer
levar ele na igreja e tem a ideia de que os evangélicos são
melhores políticos que os outros.
3 –
Cristão cidadão – procura informações sobre o candidato antes
de votar, não vota em corruptos, não vende o seu voto e vota de
acordo com a capacidade do politico, observando também os seus
posicionamentos nas questões éticas e morais
A
palavra de Deus em nenhuma parte revela alguma proibição sobre a
participação de cristãos nos assuntos políticos, entretanto
precisamos entender que nem todos estão preparados para tal coisa.
Muitos
que se dizem crentes não podem participar até mesmo de competições
esportivas, porque perdem o equilíbrio e acabam pecando.
O
apóstolo Paulo afirma que todas as coisas me são lícitas mas nem
todas são convenientes,(I Cor 10.23) cada um sabe ou pelos menos
deveria saber em que nível está a sua maturidade espiritual, quando
Timóteo foi orientado a fugir das paixões da mocidade(IITm 2.22), e
todos nós sabemos que a principal paixão da mocidade é o sexo,
ninguém está dizendo a ele que o sexo é pecado ou que ele deve se
tornar alguém assexuado, o que se está dizendo é: não se coloque
em situação de risco.
As
nossas atitudes devem ser sábias e equilibradas, precisamos tomar
cuidado e acima de tudo ser submissos a Deus, pertencemos a duas
pátrias, (Fp 3.20) uma terrestre e outra celeste mas não devemos
esquecer que a celeste vem sempre em primeiro lugar.
terça-feira, 26 de julho de 2016
Artigo
Deus me aceita como eu sou?
Talvez
esta frase seja uma das mais usadas nos últimos tempos,
principalmente por pessoas ligadas ao movimento LGBT, sempre aplicada
para justificar comportamentos totalmente contrários aos princípios
bíblicos. Entretanto não existe nas sagradas escrituras nenhum
versículo que possa dar uma base teológica para tal afirmação.
O
verbo aceitar, de acordo com o dicionário tem o significado de
concordar, aprovar alguma atitude ou alguma coisa, caso a frase
esteja correta então chegamos a conclusão de que Deus aprova e
concorda com qualquer atitude dos seres humanos não importa a sua
natureza.
Porém
na Bíblia está escrito que Deus estabeleceu alguns princípios e
nossa vida deve ser guiada por eles, qualquer atitude contrária a
estes princípios será considerada desobediência.
Deus
é soberano, e se queremos agradá-lo devemos adaptar a nossa vida e
os nossos comportamentos aos parâmetros estabelecido por Ele, a
criatura sujeita ao criador, nunca o contrário.
Jesus
veio ao mundo exatamente devido fato de que Deus não estava e não
está contente com a humanidade, o apóstolo Paulo afirma que “Deus
olhando para a terra não viu nenhum justo” (Rm
3.10-12) e “todos pecaram e estão afastado, destituídos da glória
de Deus” (Rm 3.23). Ele veio para que através da sua pessoa
pudéssemos restabelecer o nosso relacionamento e sermos aceitos por
Deus (Rm 6.11). Se o pai nos aceita como somos não havia necessidade
alguma do sacrifício de Cristo na cruz.
A
grande verdade é que Deus não nos aceita como somos, Ele nos recebe
como estamos, na parábola do filho pródigo (Lc 15.11-32). O pai
recebe o filho da forma como ele está, mas logo em seguida ordena
aos empregados que tragam roupas para ele vestir, anel para colocar
nos dedos e sandálias para calçar, (Lc 15,22) a partir do momento
da acolhida é iniciado o processo de transformação. Todo aquele
que se aproxima do pai deve estar disposto a mudanças, o texto
afirma que ele “caindo em si” decidiu voltar para o pai, esta
decisão foi motivada exatamente pela noção de que situação não
estava boa e alguma coisa deveria ser feita.
Deus
não me aceita como eu sou, Ele me ama apesar do jeito que sou.
sábado, 9 de julho de 2016
A obediencia agradavel.(artigo)
Falar em obediência em pleno século XXI parece algo totalmente fora de moda, não somos educados para obedecer, muito pelo contrário, o individualismo é a moda do comportamento humano nestas épocas pós modernas, queremos sempre impor as nossas ideias, saímos de um teocêntrismo exagerado e entramos no humanismo radical.
O que podemos dizer é que em nenhum momento Deus exige de nós uma obediência cega, ao contrário, Deus está sempre disponível a nos explicar de maneira simples as questões impostas pela sua autoridade .O apóstolo Paulo fala em culto racional (Rm 12.1) adoração com inteligência. A fé cega, leva irremediavelmente a obediência cega que resulta em radicalismo religioso. Porém a questão diante de nós é a seguinte: Qual o tipo de obediência agrada ao nosso Deus.
Os israelitas nos tempos do Antigo testamento, com raras exceções, obedeciam a Deus porque tinham medo do castigo, na visão deles o todo poderoso estava a todo tempo esperando um erro para então usar a vara pesada da correção, todavia o problema com este tipo de obediência é o seu prazo de validade, a tendência do nosso medo é diminuir com o passar do tempo, a dor do castigo vai sumindo aos poucos, novas situações são colocadas a nossa frente, e de repente, voltamos a desobediência, o livro de juízes tem vários textos relatando esta situação. (Jz 3.7,12/4.1/6.1/10.6/13.1) era um ciclo interminável, desobediência - castigo - arrependimento - livramento e depois tudo se repetia, desobediência - castigo - arrependimento - livramento.
Existe também um outro tipo de obediência, aquela que tem como objetivo receber uma recompensa pelo próprio ato de obedecer, talvez esta ideia seja a mais difundida nos dias atuais, a teologia da prosperidade esta inserida neste contexto, quanto mais sou obediente a Deus, mais direito tenho nas bênçãos, alguns chegam ate mesmo a exigi-las por causa de seus atos de obediência, A grande dificuldade é que este tipo de atitude bate de frente com a doutrina da soberania, um Deus obrigado a fazer aquilo que eu quero, não é Deus. Pode ser o cara lá de cima, uma força, o arquiteto, mas Deus com certeza não é.
A teologia do medo e a teologia da recompensa podem até encontrar versículos isolados que aparentemente possam lhe dar suporte, mas se fizermos um estudo sério e cuidadoso veremos que são casas construidas sobre a areia.
A obediência verdadeiramente agradável a Deus tem como base o amor, obedeço devido ao amor que tenho por Ele, não pelo medo do castigo ou pela esperança na recompensa, obedeço por que simplesmente amo. As escrituras afirmam que o salário do pecado é a morte (Rm 6.23) mas não está escrito que o salário da obediência é a vida eterna, ela é dom gratuito de Deus, no livro de Éfesios, capítulo dois e versículo oito esta escrito que somos salvos pela graça mediante a fé. Se temos que fazer alguma coisa não é graça. Jesus disse aos discípulos " Se vocês me amam, então guardarão os meus mandamentos. (Jo 14.15) Ele não disse " Se vocês não querem ser castigados guardem os meus mandamentos ou então, se querem ser recompensados guardem os meus mandamentos.
Quanto mais amamos a Deus, mais prazer sentimos em obedece-lo, a obediência baseada no amor não é um fardo pesado atado as nossas costas, é um jugo suave e um fardo extremamente leve.
sábado, 30 de abril de 2016
REPENSANDO A FAMILIA (artigo)
Ef 2.1-3,11,12
A família é a fonte da vida, berço da fé, é o lugar onde a
personalidade e o caráter do ser humano é construído. Hoje, mais do que em
outros tempos, a família precisa ser repensada e valorizada. A crise passa pela
mudança de época e pelos novos desafios culturais e religiosos. Aparecem grupos
que pretendem impor para a sociedade novos conceitos e modelos de família
totalmente contrários aos preceitos ensinados nas escrituras.
I - Família é projeto de
Deus. (Gn 2.18-24)
A
– Para perpetuação da espécie. (Gn 4.1)
1
– Apesar de a medicina ter criado outros meios de reprodução, o meio natural é
através do contato homem/mulher.
a
– em um mundo homossexual como haverá reprodução.
B
– Para satisfação sexual do homem e da mulher.
1
– O sexo e a sexualidade foram criados por Deus.
a
– os nossos impulsos sexuais (divinos) devem ser satisfeitos dentro do
casamento.
C-
Para o desenvolvimento saudável do ser humano.
1
– É dentro da família que o ser humano pode crescer e se desenvolver de forma
satisfatória e saudável.
II
– A família tem um inimigo. (I Pd 5.8)
O
diabo ,trabalha contra o casamento de varias formas.
A
– Desvalorizando o casamento.
1
– O diabo tem lutado para desvalorizar o casamento.
a
– através da mídia.
b
– através dos cientistas.
c
– através dos políticos.
B
– Banalizando o sexo.
1
– a nossa sociedade é uma sociedade pornográfica.
a –
filmes, novelas, revistas, propagandas, internet.
b
– sexo pago.
C
– Pessoas com problemas de desenvolvimento de caráter.
1
– Famílias desestruturadas geram pessoas desestruturadas.
as
– homossexuais, pedofilos, bandidos, etc.
III
– Família é para toda vida. (Mt 19.4-6)
A
– Cuidado ao escolher.
1
– Não escolha apenas pela aparência.
2
– Não escolha pela condição financeira.
3
– Não escolha apenas pela atração física.
B
– Cuidado ao conviver.
1
– Respeite.
2
– Ame.
3
– Regue o amor a cada dia.
C
– Nunca dissolver.
1
– Retire a palavra separação do seu vocabulário familiar.
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Eu vejo
Uma estrela brilhando no espaço, Um peixe vagando no mar, Eu, a rosa e o retrato, Você, a noite e o luar. Um farol, quase apagado, Uma luz ...
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Meu braço esquerdo é torto, nada que me atrapalhe em alguma coisa, aliás, nunca me atrapalhou, mas a verdade é que nem sempre foi assim. A...
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Quando era criança, doze anos mais ou menos, digo mais ou menos porque o tempo vais passando e parece surgir uma neblina, uma nevoa nos im...