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sábado, 7 de janeiro de 2017

O ladrão na cruz.(artigo)

Quero falar acerca de um homem sobre o qual a palavra de Deus não revela quase nada, aliás, apenas o evangelho de Lucas relata de forma mais abrangente este acontecimento, Marcos, Mateus e João não falam quase nada, o que sabemos é que ele era um ladrão, um marginal, vivia a margem da lei, não se encaixava nas normas da sociedade, entretanto Jesus durante o seu ministério aqui na terra sempre teve esse tipo de pessoa por perto, inclusive muitas vezes foi duramente criticado por causa disso. Temos como exemplo, Zaqueu, o coletor de impostos, figura tão odiada pelos Judeus, por causa de sua desonestidade. Os leprosos, abandonados para morrerem sozinhos. A mulher flagrada em pleno ato de adultério, e muitos outros casos.
Este homem era um ladrão, ele mesmo admite que era um criminoso (Lc 23.41) ele sabe que não escolheu a estrada principal da vida, seguiu por atalhos, escolheu viver perigosamente, e sabemos que nossas escolhas definem o nosso futuro.
Mas ali na cruz, no alto da colina, olhando a multidão a sua volta, ele relembra toda a sua vida como um filme em flash back, a sua infância, o pai, a mãe, os irmãos, as aulas na sinagoga, as viagens anuais até Jerusalém, tudo que aprendeu com os rabinos, a história de seu povo, Abraão, Isaque, Jacó, tudo está ali muito vivo em sua memória.
A pergunta que ele faz para si mesmo, é quando foi que as coisas começaram a desandar, em que momento, lá traz, no passado, ele começou seguir o que era errado, em que instante ele começou a sair da estrada direita para seguir os atalhos, quem foi a pessoa que o induziu a tomar as primeiras decisões erradas, de quem é a culpa, porque não o impediram quando ainda havia a possibilidade de um recomeço, porque, porque, porque. Ele tem um monte de perguntas girando na sua cabeça.
Mas ele sabe a resposta, ele é o único culpado pelos erros, sempre houve a segunda opção, Deus muitas vezes lhe falou tal como falou a Caim (Gn 4.6), mas ele sempre ignorou a voz do todo poderoso.
Agora chegou o fim, restam poucas horas, ou talvez minutos, em breve a sua vida vai acabar, ele sente a fraqueza tomar conta do seu corpo, não adianta gritar, não adianta espernear, está em um beco sem saída, sabe que vai morrer. Então ele para de olhar a multidão, e olha ao seu lado, ali está Jesus, o galileu, o nazareno, aquele que curou tantas pessoas, de tantas doenças, cegos, coxos, mudos, aleijados, dizem que até ressuscitou os mortos, a sua fama corria por toda a região, mas porque alguém tao conhecido por fazer o bem está sendo crucificado, uma pergunta completamente sem respostas.
Entretanto quando ele olha um pouco mais além, ele vê um velho companheiro de crimes, na mesma situação, esperando a morte, pendurado em uma cruz, enquanto ele pensa, o outro fala, resmunga, reclama, critica, desafia Jesus, você não é o Cristo? Não fez tantos milagres? Salve-se a si mesmo e a nós! Coitado, talvez a mente não esteja mais funcionando direito, ou talvez a ficha não tenha caído, como escapar de tal terrível situação? Como fugir? Não há escapatória.
O que mais o incomoda é o silêncio de Jesus, ele não reage, não se defende, ofendido duramente não abre a sua boca, nada a dizer, nada a declarar.
Quando olha para cima, ele percebe o que está escrito na cruz de Jesus, “ rei dos Judeus” mas ele recorda de ouvir Jesus dizer que o reino dele não era desse mundo.
Será que ainda há uma saída? Talvez nesta vida não seja possível, mas quem sabe na outra?
E se Jesus for realmente o filho de Deus, e se ele for realmente o messias prometido, aquele de quem os profetas tanto falaram? A ovelha muda levada para o matadouro.
Agora ele recorda o que aprendera na infância, e de repente a sua mente se abre, tudo fica claro, tudo fica compreendido, ele está ao lado do rei dos reis, do senhor dos senhores, do redentor tão esperado por Israel.
Então em um ato de resignação e fé, exclama: Jesus lembra te de mim quando entrares no teu reino.
Mas será que ainda há uma esperança? Será que depois de uma vida inteira de pecado, ainda há alguma chance? Pode ele que tantas vezes tapou os ouvidos para não ouvir a voz de Deus ainda ser perdoado?
A resposta de jesus retira um peso imenso de suas costas e traz um alívio imensurável.
Hoje mesmo estarás comigo no paraíso.

terça-feira, 1 de março de 2016

Artigo


Os Cortadores de orelhas.

Jesus sabendo a aproximação da sua hora e sentindo que brevemente seria preso pelos lideres judaicos pede para os seus discípulos que desta vez diferente das outras, deveriam eles levar alem da bolsa também espadas, não com a finalidade de atacar, explicou a todos, era simplesmente para cumprir a profecia. Pedro, impulsivo como era, ao perceber a injustiça feita ao seu mestre sacou da espada e precipitadamente cortou a orelha de um funcionário do sumo sacerdote chamado Malco, o mestre mostrou claramente a sua discordância em relação a tal atitude e rapidamente fez o seu ultimo milagre antes da crucificação curando o ferimento.

Entretanto passado mais de dois mil anos, percebemos muita gente com o nome de evangélico também desembainhando as suas espadas e procurando a todo custo supostamente cortar as orelhas dos inimigos e defender Jesus, talvez o pastor Silas Malafaia seja o principal destes defensores, televisão, rádio, jornais, e as mídias sociais são as trincheiras mais usadas nesta insana guerra.

Todavia ao lermos as escrituras sagradas percebemos claramente que não há nenhum versículo autorizando este tipo de ação, em Mt 5.11 e Lc 6.22 Jesus afirma que felizes são aqueles que forem perseguidos e insultados por causa do seu nome e em At 5.41, está escrito sobre a felicidade dos apóstolos depois de sofrer açoites, felizes porque foram considerados dignos de serem humilhados por causa do nome de Cristo.

A história mostra claramente o perigo do radicalismo em defesa do cristianismo, toda vez que isto aconteceu, infelizmente o efeito foi exatamente o contrário. A igreja do primeiro ao terceiro século procurou simplesmente pregar o evangelho e sofrendo todo tipo de perseguições permaneceu fiel, corremos o risco de ficarmos tão obcecados por esta suposta defesa do evangelho e no final agirmos da mesma maneira daqueles a quem criticamos.

Jesus não precisa de cortadores de orelhas, o desejo Dele é que pregamos o evangelho a todas as pessoas levando as boas novas de salvação.

Enquanto gastamos tempo, dinheiro e energia comprando espadas para cortar orelhas, pessoas estão morrendo sem ouvir falar de cristo.
Havenilton dos Reis

 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016


(ARTIGO) O PERDÃO. (Mt: 6.12-14)

Vivemos em uma sociedade altamente predadora onde os mais fortes passam como um rolo compressor sobre os mais fracos. A alta competitividade faz com que os erros cometidos por uma pessoa dificilmente sejam esquecidos ou perdoados, e este tipo de comportamento tem afetado de maneira direta e assustadora os relacionamentos, estamos a cada dia  nos aproximando da irracionalidade dos animais. O apóstolo Paulo já previa isto quando escreveu em Gálatas 5.15, que os irmãos da galácia estavam se mordendo e devorando uns aos outros.

Porém se o mundo pós-moderno vive desta maneira e acha normal, o povo de Deus tem a obrigação de procurar viver de forma diferente. Se no Antigo Testamento a lei afirmava ser olho por olho e dente por dente, (Ex: 2.24) No Novo Testamento Jesus veio trazer um novo padrão para direcionar os nossos relacionamentos, um padrão baseado no amor e no perdão. Veja os ensinos de Jesus: Se alguém bater de um lado do seu rosto, ofereça o outro lado (Mt:5.39). Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas (Mt: 5.41). Amai os vossos inimigos (Mt: 5.44).
Jesus no entanto não ficou apenas nas palavras, Ele demonstrou com seu próprio exemplo de vida o valor do perdão ao morrer na cruz para nos salvar.
Mas afinal, o que é o perdão?
De acordo com o dicionário, perdão é remissão de culpa, e para entendermos isso precisamos saber o que quer dizer remissão. Uma das definições para remissão ou remir, é tirar do cativeiro, livrar alguém de alguma pena.
No novo testamento em algumas passagens a  palavra grega usada como perdão é aphiemi, que significa a soltura voluntária de uma pessoa ou coisa sobre a qual alguém tem o controle legal ou real.
Em Mateus no capítulo 6, do versículo 12 até o 14, Jesus fala que se nós não perdoarmos aqueles que nos ofendem, Deus também não nos perdoará.
De acordo com este texto, nós ofendemos a Deus e por isso ficamos preso, mas Ele pela sua infinita misericórdia nos perdoou e nos libertou deste cativeiro, porém se não oferecermos este mesmo perdão, esta mesma liberdade a quem por ofensa esta preso a nós, Deus está desobrigado de seu compromisso conosco.
O perdão é uma ordem de Deus e Ele não nos oferece uma outra alternativa, um plano B que nos livre desta ordem, é imperativo, perdoai. (Lc: 6.37).
É tão importante o perdão que até mesmo as nossas ofertas não são aceitas diante de Deus quando temos problemas não solucionados com outras pessoas. ( Mt: 5.23,24)
A decisão de perdoar não pode ser condicional, muitas pessoas exigem uma mudança de comportamento de quem lhe ofendeu para então liberar o perdão, mas a grande verdade é que o perdão traz um impacto tão profundo na mente do  perdoado,  que na maioria das vezes ele próprio  sente a necessidade de mudar as suas atitudes. Vemos na Bíblia o exemplo de Zaqueu. (Lc: 19.8)
Entretanto precisamos aprender também a necessidade de não apenas oferecer o perdão mas também  ir atrás de quem nós ofendemos e solicitar este perdão.
Quando ofereço o perdão, devo seguir o padrão de Deus, e este padrão consta de três fases distintas:
A primeira fase consta de remover o pecado, a ofensa e pregar  na cruz de Cristo.
Visto que todo pecado antes de ser contra alguém na verdade é contra Deus, e Ele já cravou o nossos pecados na cruz e o removeu, precisamos fazer o mesmo. (Cl: 2.14)
A segunda fase é lançar no mar do esquecimento, segundo a ciência as partes mais profundas dos oceanos chegam até oito mil metros. Vamos fazer uma analogia com o sol, ele está tão distante de nós que os seus raios levam oito minutos para chegar a terra e quando chegam já não tem a intensidade original, do contrário seriamos destruídos. Devemos lançar as ofensas o mais longe de nós para que a dificuldade em relembra-las seja a maior possível, e mesmo quando lembrarmos a sua força será tão fraca que não poderá nos causar nenhum um tipo de dano.
Sofrer de amnésia de amor (Is:43.25)é a terceira fase. Não somos lógicamente um computador onde basta apertar o botão e deletar tudo  que não queremos deixar gravado, mas precisamos pedir a Deus a capacidade sobrenatural de esquecer as mágoas e os dissabores  causados pelos outros contra nós.
Perdoe, o perdão além de ser a vontade de Deus para nossa vida, traz beneficios imensos não apenas as pessoas com quem nos relacionamos mas principalmente a nós mesmos. Pesquisas revelam que o perdão faz bem não somente para a nossa saúde mental, mas até mesmo ao nosso corpo.
O perdão é o óleo dos relacionamentos. Reduz o atrito e faz com que as pessoas se aproximem.
Havenilton dos Reis
Pastor da Igreja Batista Nova Luz  (ABB – Associação Batista Brasileira)
Porto velho - RO

 

 

Eu vejo

Uma estrela brilhando no espaço, Um peixe vagando no mar, Eu, a rosa e o retrato,  Você, a noite e o luar. Um farol, quase apagado, Uma luz ...