(Crônica) UM PECADO AO CAIR DA TARDE.
I Sm 11.1-4
A refeição foi boa, a mesa farta, diversos tipos de alimento,
o rei estava satisfeito, a cada dia os cozinheiros do palácio se esmeravam em
fazer o melhor, depois aquele sono gostoso, ele precisava descansar, dormir até
o cair da tarde. Quando levantou não tinha absolutamente nada para fazer, o exército
estava em guerra muito distante dali Joabe o seu general cuidava de tudo, não
havia ministros para tratar de nenhum assunto nem assessores precisando de
nada.
Ah o ócio, o tédio, a preguiça, nenhum trabalho, nada que
precisasse de sua atenção, ele sobe até o terraço e observa a cidade, homens
passam de um lado para o outro, crianças brincam nas ruas próximas, tudo parece
se mover em câmera lenta, o tempo passa devagar, perdido em seus pensamentos o
rei caminha para lá e para cá.
Entretanto em uma casa um pouco distante do palácio real uma
mulher está se banhando, ela é linda, o corpo chama a atenção, por descuido ou
talvez pelo desejo de se mostrar ela está ao alcance dos olhares reais. O
desejo dos olhos a cobiça da carne desperta nele a vontade de tê-la em seus
braços, do pensamento a ação é apenas um passo, convocada ao palácio ela não hesita,
joga fora os princípios, a moral e até mesmo as leis de Deus, afinal melhor que
ser esposa de um soldado é ser esposa do próprio rei.
Então a lascívia, a luxuria e a falta de domínio próprio se
unem a ganancia, a traição e a cobiça e dão à luz a um outro pecado, ele também
horroroso e cruel , o adultério.