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quarta-feira, 4 de maio de 2022

Eu vejo



Uma estrela brilhando no espaço,

Um peixe vagando no mar,

Eu, a rosa e o retrato, 

Você, a noite e o luar.


Um farol, quase apagado,

Uma luz pertinho a brilhar,

Você, a Rosa e o retrato,

Eu, a noite e o luar.


Musica tocando ao longe,

Eu não consigo decifrar,

Você, a noite e o retrato,

Eu, a rosa e o luar.


Um amor, um ser amado,

Um beijo na sala de estar,

A noite, a Rosa e o retrato,

Eu, você e o luar.

quarta-feira, 20 de abril de 2022

DISTANCIA - POESIA






Quando cai a noite,

E vem a madrugada,

Que saudade sinto de você,

A água ao longe encantada,

Raio de luz na praia dourada,

A areia fina iluminada,

Pisada e repisada,

Por mim e por você.



Quando vem o dia,

Com seu movimento louco,

Quero uma imagem, uma sósia,

Um doublê.

Quero alguém com tua cara,

Tua voz,

Esta meiguice rara,

Alguém que seja tua cópia exata,

Alguém igual,

Igual a você.

quinta-feira, 7 de abril de 2022

EMÍLIA, A GALINHA VASCAINA.

 


Dona Maria tinha uma mania esquisita, ela colocava nomes em todos os animais. Você deve estar perguntando; “Como assim, esquisita? Todos nós colocamos nomes nos bichos” é verdade, os cachorros têm seus nomes, os gatos, os cavalos, todos nós colocamos nomes nos bichos. Maria era diferente, ela nomeava tudo quanto é animal, gato, cachorro, cavalo, galinha, porco, ninguém escapava.

Entretanto isso causava um grande problema, porque na roça alguns animais são criados para servir de alimento, e quando você mata um animal que tem até nome, fica parecendo quase um assassinato.

Vejam só, Maria criou uma galinha e desde pequena a penosa era chamada de Emília, por que esse nome? Eu não sei, era Emília pra lá, Emília pra cá, onde dona Maria estava, lá estava a galinha andando atrás. O fato é que devido a esse apego, diversas vezes ela escapou de ir para a panela.

Seu João, o marido da dona Maria, era um homem rude, criado no campo, e ao contrário da esposa, não tinha aproximação nenhuma com os animais, para ele, na roça, um animal pode ter apenas duas utilidades; servir para o trabalho, ou servir como alimento. Porém, seu João tinha uma grande paixão na vida, o futebol, ele não gostava apenas de praticar, era um fanático torcedor do Botafogo.

Naquele tempo, década de sessenta, a televisão estava ainda no começo, além do mais, na roça não tinha energia elétrica, por isso era preciso se contentar com as transmissões feitas através do rádio. Nos dias de jogos, João se sentava na grande varanda de sua casa, pedia para a esposa fazer um grande bule de café e ouvia atentamente a narração dos jogos.

E a galinha, onde entra nessa história?

Você pode até não acreditar, mas de tanto ouvir os jogos, ela começou a gostar, e sempre ficava ali do lado do homem, ouvindo atentamente o locutor. No começo ele até gostou da companhia, afinal é melhor torcer acompanhado.

João era botafoguense, mas Emília, para seu desgosto, se afeiçoou tremendamente ao Vasco da Gama, bastava ouvir o nome do time, ela começava a cacarejar e pular de felicidade.

A irritação do botafoguense crescia a cada dia, dona Maria, porém sempre salvava a galinha das mãos do marido.

Certo dia, lá pelos idos de 1968, as duas equipes chegaram à final do campeonato carioca, a vitória do Botafogo foi massacrante, quatro a zero, nesse dia, a galinha foi além, a cada gol do adversário ela partia para o ataque, dando bicadas no patrão. Empolgado com a vitória de seu time do coração, irritado com a penosa e aproveitando que a esposa não estava em casa devido a uma viagem, ele fez algo terrível.

Comemorou a vitória do alvinegro comendo um saboroso e suculento prato de galinha com batata. Quando dona Maria voltou da viagem, a tragédia já estava consumada.

Eu não acredito em maldição, praga ou nada parecido, mas a verdade é que após esse episodio o Botafogo ficou vinte e um anos sem ganhar nenhum título.

Coincidência ou não a galinha estava vingada.

Obs ; Minhas sinceras desculpas a todas as Emílias que por caso leiam este texto, porque ele é apenas uma obra de ficção.

 


terça-feira, 22 de março de 2022

CORAGEM DE MAE (crônica)

  


O uma mãe é capaz de fazer para proteger um filho?

Tenho certeza de que você já leu e talvez já ouviu grandes histórias sobre esse tema, a própria bíblia registra o caso da mãe de Moisés que usou de muita sabedoria para proteger o seu filho, mesmo correndo o risco de ser descoberta pelos egípcios.

Quero contar a vocês uma pequena história, não de uma mãe qualquer e sim de minha própria mãe.

Quando eu era ainda criança com mais ou menos sete anos de idade, morávamos na área rural de uma cidade do interior do estado do Paraná, chamada Campina da Lagoa. Nossa residência ficava na beira de uma estrada de terra sem muito movimento. A terra não era nossa, na verdade, nessa época a nossa condição financeira era bem precária.

Foi nesse período que atingi a idade de começar os estudos, a escola mais próxima, ficava em uma comunidade pequena, rodeada de algumas casas e com uma igreja presbiteriana, era essa igreja que frequentávamos aos finais de semana, apesar de não ser a denominação de origem da família, meu pai fazia questão de frequentar porque não queria que os filhos e ele mesmo ficasse sem congregar.

Entretanto havia um grande problema, para ir até a escola, era preciso passar por dentro de um pasto onde havia uma grande criação de gado e todos sabem que sempre existe vacas que são bravas, principalmente quando acabam de ter as suas crias. Passando por dentro do pasto a distância até a escola seria de 1,5 km, a outra opção seria fazer um trajeto mais longo, dando uma grande volta e aumentado a distância para 3,5Km, não era possível para uma criança passar no meio do gado desacompanhado, e o meu pai trabalhava o dia inteiro na roça, então eu fazia sempre o caminho longo.

Você deve estar se perguntando, e a mãe dessa criança?

A questão é que minha querida mãe, não sei por qual motivo, talvez um trauma de infância, morria de medo de qualquer tipo de gado, por consequência essa opção estava descartada, restava para eu fazer a grande caminhada todos os dias.

Certa vez ela tinha encomendado com uma senhora que morava perto da escola, algumas blusas feitas de tricô, quando chegou a data em que as roupas estavam prontas, meu pai ordenou que ao voltar da escola eu passasse na casa da costureira e pegasse as blusas.

Porém como é fato notório, criança facilmente se distrai e esquece as ordens recebidas e foi exatamente o que aconteceu. Terminada a aula me envolvi em algumas brincadeiras e fui para casa sem fazer o que era para ser feito, perto de casa, ao longe avistei o meu pai e lembrei das encomendas.

O velho sempre foi muito severo e com certeza não deixaria passar em branco a minha insubordinação, apesar dos protestos de minha mãe, alegando a minha pouca idade e o fato de já estar próximo do pôr do sol, recebi a ordem de voltar na comunidade e cumprir com a minha obrigação e ele não a deixou me acompanhar.

Logicamente que fiz o caminho mais longo, tentei fazer o trajeto o mais rápido possível até correndo em alguns momentos, mas não teve jeito, quando cheguei no local, já estava quase escurecendo.

              Quero abrir um espaço aqui para explicar que havia um rapaz na comunidade que tinha provavelmente uns quinze anos a qual chamávamos de Polaco, esse adolescente tinha Epilepsia e as vezes sofria terríveis convulsões, na minha ingenuidade de criança, eu não entendia e tinha muito medo dele, mas na verdade ele era uma pessoa muito doce e prestativa.

Todavia, se eu tinha medo do Polaco, o medo das vacas era muito maior, reuni toda coragem que me restava e pedi a ele que me atravessasse por meio do pasto, pedido que foi prontamente atendido.

Então aconteceu algo que até hoje ao lembrar as lagrimas enche os meus olhos, quando estávamos mais ou menos no meio do caminho, escutei um barulho no meio da escuridão, era minha mãe e chamava por mim. Ela estava chorando, me abraçou apertado, um abraço que jamais vou esquecer, agradeceu ao Polaco pela gentileza e com um pedaço de madeira nas mãos, caminhou comigo até em casa, passando corajosamente pelo meio onde estavam os animais, por incrível que pareça, apesar de haver algumas vacas que tinham acabado de ter suas crias, nenhuma se mexeu enquanto passávamos, sinceramente não sei o que aconteceria se alguma delas nos atacasse. As lembranças que tenho de minha mãe, são muitas e com certeza daria um livro, essa, porém me marcou profundamente, naquele dia entendi que ela sempre estaria do meu lado, nos bons momentos e principalmente nos maus momentos.

 

Finalizando a história, preciso dizer que ao chegar em casa, vi pela primeira vez ela encarar o meu pai e dizer a ele o quanto sem sentido tinha sido a sua decisão.


segunda-feira, 23 de março de 2020

Velho na praça.(poesia)

Todo dia, à tarde,
quando eu passo,
vejo um velhinho de cabelos brancos,
descansando seu cansaço,
na tábua dura de um banco.

Tudo que ele precisa,
o mundo não sabe,
se alguem sabe,
não se importa.
Alguém que lhe dê carinho,
alguém que o conforte.

Eu queria tanto,
mas não consigo,
a pressa impede,
o tempo passa,
oferecer tudo isto,
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ao velho mendigo,
sentado no banco da praça.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

A declaração (crônica)


Há muito tempo ele desejava declarar seus sentimentos, queria dizer o que sentia, tudo que estava guardado no seu coração. Entretanto, o homem extrovertido e falante, às vezes brincalhão, totalmente desinibido, ficava incrivelmente tímido e trêmulo quando estava em sua companhia, bastava ouvir a sua voz e as palavras desapareciam, a garganta ficava seca e, além disto, havia o medo de ouvir um sonoro não como resposta. E se estivesse confundindo tudo, e se os sinais que achava estar recebendo da parte dela, não significasse o que ele achava que realmente significava? Havia muitas variáveis, muitos questionamentos, muita coisa a se colocar na balança, mas uma coisa não mudava, ela estava no seu pensamento todo o tempo, deitava pensando nela e acordava do mesmo jeito, era preciso fazer alguma coisa, tomar uma atitude, caso não fizesse nada, poderia viver arrependido pelo resto da vida, e isto definitivamente não era o seu desejo.
Uma certa manhã, acordou decidido, reuniu todas as forças, respirou fundo e se aproximou do telefone, afinal, talvez assim fosse mais fácil, sem vê-la na sua frente, sem sentir o cheiro do seu perfume, possivelmente teria um pouco mais de coragem e declararia o seu amor.
Ele discou o número e torceu, torceu muito para que fosse ela a pessoa a atender a ligação, e por mais incrível que possa parecer, enquanto a ligação se completava, segundos que pareceram horas, foi exatamente o que aconteceu, exatamente ela, atendeu ao telefone, Gaguejante, titubeante, ofegante, ele a convidou para sair.
A resposta? Ele recebeu a resposta mais linda que alguém terrivelmente apaixonado poderia receber, o que realmente queria ouvir, ela disse sim, todos os seus temores estavam errados, não estava enganado, havia interpretado corretamente os sinais, ela também o amava.
O caminho não teve apenas flores, teve espinhos, muitas pedras e problemas a serem resolvidos.
Porém, vinte e quatro anos e dois filhos depois, eles continuam juntos, porque como dizia a canção:
Ninguém um dia irá dizer que não existe razão nas coisas feitas pelo coração.


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Meu braço torto. (Crônica)


Meu braço esquerdo é torto, nada que me atrapalhe em alguma coisa, aliás, nunca me atrapalhou, mas a verdade é que nem sempre foi assim. Até a idade de doze anos, meu braço era normal e perfeito. Entretanto, falar sobre o braço me serve apenas de pretexto para chamar a atenção sobre algo muito mais sério e complicado, um problema sobre o qual a raça humana está envolvida desde o jardim do Èden, a desobediência.
Adão e Eva desobedeceram a Deus, e todos nós temos uma tendência terrível, apesar de muitas vezes negarmos, de seguir o mesmo caminho, sempre achamos que desobedecer é melhor, o resultado catastrófico dessa atitude esta registrado em todos os livros de historia e principalmente na Bíblia.
Mas vamos retornar a minha historia.
Morávamos na cidade de São Paulo, em uma casa que ficava nos fundos de uma igreja. Não sei se todos sabem, mas os paulistanos gostam de fazer casas cobertas com lajes de concreto e a nossa não era diferente, como é do conhecimento de todos também, antigamente não tínhamos brinquedos eletrônicos e celulares, então as nossas brincadeiras eram sempre ao ar livre, esconde-esconde, pega-pega, bolinhas de gude, pião, futebol e pipa, ou como é conhecido em outras regiões do Brasil, papagaio. Eu não apenas gostava de soltar pipa, era fanático, por incrível que pareça, às vezes fazia isto até mesmo a noite, mas havia algo ainda pior, adorava soltar pipa de cima da casa, algo explicitamente proibido pela minha saudosa mãe.
Voltamos à desobediência.
Apesar da proibição e dos avisos sobre o perigo de ficar brincando em cima da casa, sempre que minha mãe saía para trabalhar, lá estava eu praticando o velho e nefasto pecado da desobediência, durante um bom tempo não aconteceu absolutamente nada. Certo dia, porém quando fui subir pelo muro, não percebi que havia um bloco solto, e o tombo foi inevitável. Cai estatelado no chão e o bloco despencou por cima do meu braço. A correria foi total, como meus pais estavam trabalhando, fui levado por um vizinho até o hospital, pronto socorro lotado, gente por todos os lados, um ortopedista para atender uma multidão.
Não culpo o médico, dentro das condições em que trabalhava ele fez o que podia ser feito, mas até hoje quando olho o meu braço torto lembro-me da minha desobediência.
Minha mãe me perdoou, mas fiquei marcado pra toda vida.




quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Velha Infancia (poesia)

Ainda me lembro daqueles tempos,
Quando eu era um garoto, uma criança,
Sentado ao pé da arvore, a sombra mansa,
em um mundo mágico de alegres pensamentos.

Minha vida parecia o sol na linda aurora,
Sem escuridão, ou nuvens negras pela frente,
Feito cortina que se abre de repente,
Sem o peso que a idade nos outorga.

O tempo não para um só instante,
Eu vivo a vida e corro mundo afora.
As vezes me sinto um gigante,
Mas tenho Saudades da Criança de outrora.

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quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Os bobos e os espertos. (Artigo)




Minha mãe falava uma frase da qual eu jamais esqueci. “Se não fosse os bobos, os espertos não sobreviveriam” Hoje quando vemos as pessoas sendo enganadas pelos tele evangelistas de plantão oferecendo curas miraculosas, prosperidade total e tantas outras coisas, perguntamos: será que alguém acredita nessas coisas? Será que em pleno século vinte e hum, ainda exista tamanha ingenuidade? A resposta é triste, milhares acreditam, e doam dinheiro para esses picaretas da fé.
Entretanto precisamos fazer outra pergunta: porque elas fazem esse tipo de coisa? Porque caem em tão toscas armadilhas, se a bíblia está disponível para todos, e basta fazer uma pequena pesquisa para descobrir a falsidade das coisas prometidas pelos falsos pastores, bispos e apóstolos televisivos.
A resposta é muito simples, o homem sempre procura o caminho mais fácil, aquele que parece mais atraente, observa a embalagem mas esquece de verificar o conteúdo. O caminho oferecido por Jesus não é uma trajetória atraente, porque passa necessariamente pela negação de si mesmo, pela renuncia, e principalmente pela cruz(Lc 9.23), por isso a busca incessante por atalhos espirituais, campo fértil para os mercadores de ilusões.
Os falsos profetas oferecem para as pessoas aquilo que elas querem ouvir, não aquilo que precisam ouvir. Podemos ver na palavra de Deus uma história muito parecida. Quando o rei acabe estava se preparando junto com o rei Josafá para sair em guerra contra os siros, ouviu exatamente o que o seu coração almejava e não gostou ao receber da parte do profeta Micaías uma profecia completamente diferente, preferiu a mentira, saiu para a batalha e a derrota foi total (II Cr 18.1-34).
O resultado que as pessoas recebem ao seguir esse tipo de liderança e acreditar nesse tipo de mensagem, é a desilusão total, milhares enganados caminhando apressadamente para o inferno.
Precisamos urgentemente pregar o verdadeiro evangelho, como disse o apóstolo (verdadeiro) Paulo, em tempo e fora de tempo (II Tm 4.2), essa é a responsabilidades das denominações e dos lideres que procuram ensinar a verdade. 

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sábado, 7 de janeiro de 2017

O ladrão na cruz.(artigo)

Quero falar acerca de um homem sobre o qual a palavra de Deus não revela quase nada, aliás, apenas o evangelho de Lucas relata de forma mais abrangente este acontecimento, Marcos, Mateus e João não falam quase nada, o que sabemos é que ele era um ladrão, um marginal, vivia a margem da lei, não se encaixava nas normas da sociedade, entretanto Jesus durante o seu ministério aqui na terra sempre teve esse tipo de pessoa por perto, inclusive muitas vezes foi duramente criticado por causa disso. Temos como exemplo, Zaqueu, o coletor de impostos, figura tão odiada pelos Judeus, por causa de sua desonestidade. Os leprosos, abandonados para morrerem sozinhos. A mulher flagrada em pleno ato de adultério, e muitos outros casos.
Este homem era um ladrão, ele mesmo admite que era um criminoso (Lc 23.41) ele sabe que não escolheu a estrada principal da vida, seguiu por atalhos, escolheu viver perigosamente, e sabemos que nossas escolhas definem o nosso futuro.
Mas ali na cruz, no alto da colina, olhando a multidão a sua volta, ele relembra toda a sua vida como um filme em flash back, a sua infância, o pai, a mãe, os irmãos, as aulas na sinagoga, as viagens anuais até Jerusalém, tudo que aprendeu com os rabinos, a história de seu povo, Abraão, Isaque, Jacó, tudo está ali muito vivo em sua memória.
A pergunta que ele faz para si mesmo, é quando foi que as coisas começaram a desandar, em que momento, lá traz, no passado, ele começou seguir o que era errado, em que instante ele começou a sair da estrada direita para seguir os atalhos, quem foi a pessoa que o induziu a tomar as primeiras decisões erradas, de quem é a culpa, porque não o impediram quando ainda havia a possibilidade de um recomeço, porque, porque, porque. Ele tem um monte de perguntas girando na sua cabeça.
Mas ele sabe a resposta, ele é o único culpado pelos erros, sempre houve a segunda opção, Deus muitas vezes lhe falou tal como falou a Caim (Gn 4.6), mas ele sempre ignorou a voz do todo poderoso.
Agora chegou o fim, restam poucas horas, ou talvez minutos, em breve a sua vida vai acabar, ele sente a fraqueza tomar conta do seu corpo, não adianta gritar, não adianta espernear, está em um beco sem saída, sabe que vai morrer. Então ele para de olhar a multidão, e olha ao seu lado, ali está Jesus, o galileu, o nazareno, aquele que curou tantas pessoas, de tantas doenças, cegos, coxos, mudos, aleijados, dizem que até ressuscitou os mortos, a sua fama corria por toda a região, mas porque alguém tao conhecido por fazer o bem está sendo crucificado, uma pergunta completamente sem respostas.
Entretanto quando ele olha um pouco mais além, ele vê um velho companheiro de crimes, na mesma situação, esperando a morte, pendurado em uma cruz, enquanto ele pensa, o outro fala, resmunga, reclama, critica, desafia Jesus, você não é o Cristo? Não fez tantos milagres? Salve-se a si mesmo e a nós! Coitado, talvez a mente não esteja mais funcionando direito, ou talvez a ficha não tenha caído, como escapar de tal terrível situação? Como fugir? Não há escapatória.
O que mais o incomoda é o silêncio de Jesus, ele não reage, não se defende, ofendido duramente não abre a sua boca, nada a dizer, nada a declarar.
Quando olha para cima, ele percebe o que está escrito na cruz de Jesus, “ rei dos Judeus” mas ele recorda de ouvir Jesus dizer que o reino dele não era desse mundo.
Será que ainda há uma saída? Talvez nesta vida não seja possível, mas quem sabe na outra?
E se Jesus for realmente o filho de Deus, e se ele for realmente o messias prometido, aquele de quem os profetas tanto falaram? A ovelha muda levada para o matadouro.
Agora ele recorda o que aprendera na infância, e de repente a sua mente se abre, tudo fica claro, tudo fica compreendido, ele está ao lado do rei dos reis, do senhor dos senhores, do redentor tão esperado por Israel.
Então em um ato de resignação e fé, exclama: Jesus lembra te de mim quando entrares no teu reino.
Mas será que ainda há uma esperança? Será que depois de uma vida inteira de pecado, ainda há alguma chance? Pode ele que tantas vezes tapou os ouvidos para não ouvir a voz de Deus ainda ser perdoado?
A resposta de jesus retira um peso imenso de suas costas e traz um alívio imensurável.
Hoje mesmo estarás comigo no paraíso.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Dia das crianças - temos algo para comemorar? (Artigo)


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O dia das crianças está chegando e as lojas renovam os seus estoques de brinquedos, os grandes shoppings Centers fazem grandes promoções, o comercio fica todo alvoroçado para lucrar com a data. Todavia além do apelo comercial talvez não tenhamos muitos motivos de comemoração.
A evasão escolar continua altíssima (e todos sabemos que sem educação não existe futuro), a violência doméstica, a pedofilia, as drogas e tantas outras coisas assolam as nossas crianças.
A culpa é da sociedade que vive uma hipocrisia completamente absurda, fala-se tanto em melhorar as condições das crianças, mas procuram destruir de forma assustadora e sistemática o local onde os pequenos deveriam encontrar a maior proteção e o melhor abrigo. Será possível salvar um passarinho destruindo o seu ninho? É possível salvar um animal, seja ele de qualquer espécie, destruindo a sua toca? Jamais teremos crianças saudáveis física e emocionalmente se não cuidarmos das famílias.
Casais separados, segundo e até terceiro casamento, mães e pais solteiros, parceiros e parceiras homossexuais criando filhos, tudo isso gera crianças problemáticas que ao chegar à maioridade serão adultos também cheios de problemas.
A Bíblia não é um livro de pedagogia, mas ela traz grandes orientações para a criação de nossos filhos.
1 – Ensinar a criança o caminho que ela deve andar. (Pv 22.6)
2 – Criar com disciplina. (Pv 23.13)
3 – Acompanhar a criança. (Pv 29.15)
4 – Levar até Jesus. (Mc 10.14)
Não adianta retirar a Bíblia das escolas e depois incentivar o seu uso nos presídios.
Dia das crianças, temos realmente alguma coisa para comemorar?

Eu vejo

Uma estrela brilhando no espaço, Um peixe vagando no mar, Eu, a rosa e o retrato,  Você, a noite e o luar. Um farol, quase apagado, Uma luz ...